terça-feira, 23 de outubro de 2007

INTRODUÇÃO


Este trabalho foi proposto pela Professora Tânia Trentin, a qual leciona a disciplina de Química. O mesmo tem por objetivo o estudo do alcool tendo como exemplo a cachaça, que se tornou à bebida dos brasileiros. Na química orgânica, temos a oportunidade de nos deparar com compostos muitos comuns no nosso dia a dia, inclusive com a cachaça.
Para tanto, será utilizada a pesquisa bibliográfica, definindo – se os termos: caracterização da função álcool na química orgânica; definição do conceito de graduação alcoólica; capacidade de reescrever de forma quimicamente correta a frase: “O uísque é uma bebida mais forte do que a cachaça”; a origem da cachaça; modo de produção da cachaça; criação de um rótulo e uma marca fictícia de cachaça; perfil dos consumidores de cachaça, entrevistados; opinião a respeito do consumo de bebidas alcoólicas entre os adolescentes.

Caracterização do alcool na química orgânica


Álcoois são compostos que apresentam grupo hidroxila (-OH) ligado a carbono saturado.


Principais álcoois: Metanol/álcool metílico e Etanol/álcool etílico.


Metanol:

Durante muito tempo, a única maneira de se obter metanol era destilando madeira a seco e na ausênsia de ar, o que tornou o metanol conhecido como álcool de madeira. Atualmente, ele é produzido em escala industrial a partir de carvão e água.

O metanol, além de ser usado como solvente em muitas reações industriais, também é matéria-prima para a produção de polímetros, como por exemplo, a fórmica.

Há alguns anos, o metanol foi utilizado no Brasil como combustível de carros a álcool e como aditivo da gasolina em substituição ao etanol. Sua utilização como combustível apresenta alguns inconvenientes: grande capacidade de corrosão de aços e grande toxidade, já que uma dose letal é de 0,07g por quilograma de massa corporal. Significa que meia colher de sopa de metanol pode causar a morte de uma pessoa de 60kg.

Etanol:

O etanol é provavelmente uma das primeiras substâncias produzidas pelo ser humano. O álcool etílico é obtido a partir da fermentação de polissacarídeos ( amido, celulose )ou de dissacarídeos ( sacarose, maltose ). As fontes naturais mais importantes são a cana-de-açucar, a beterraba, a batata, a cevada e o arroz.

O processamento da cana-de-açucar para a produção do etanol pode ser resumido em quatro etapas:


  • moagem da cana, para obtenção do caldo de cana ( garapa), que tem alto teor de sacarose;

  • produção do melaço, obtido por meio do aquecimento do caldo da cana;

  • fermentação do melaço, através da adição de fermentos biológicos;

  • destilação fracionada, processo que permite obter uma solução contendo no máximo 96% em volume do etanol (96°GL). A obtenção do álcool anidro (100%) pode ser feita eliminando-se os 4% em volume de água, por meio da adição de cal viva (CaO). No Brasil, a maior parte do etanol produzido é utilizada como combustível de veículos. Uma de suas vantagens em relação à gasolina é que sua queima não produz dióxido de enxofre (SO²), um dos principais poluentes atmosféricos.

Bebidas alcoólicas


Todas as bebidas alcoólicas contêm um certo teor de etanol. Podem ser classificadas em dois grupos: bebidas destiladas e não-destiladas.


Bebidas não-destiladas: cerveja (3 a 5°GL),vinho (até 12°GL),champagne (11°GL),sidra (4 a 8°GL).


Bebidas destiladas: pinga (38 a 54°GL),uísque (43 a 55°GL),vodca (40 a 50°GL),conhaque (40 a 55°GL),rum (45°GL),gim (40 a 50°GL),tequila (40 a 50°GL). Sendo oque está em parênteses o teor alcoólico em GL.


A quantidade de alcoól encontrada em uma garrafa de pinga é igual à existente em 10 garrafas de cerveja.



Definição do conceito de graduação alcoólica


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A definição do conceito de graduação alcoólica seria o quanto de álcool a bebida possui em si.
O grau GL é a fração em volume. Um frasco de álcool com 90 graus GL tem 90% em volume de álcool, e 10% em volume de água. Assim quanto maior o número de GL da bebida,mais forte e mais álcool ela tem.
Aguardente de cana (cachaça) é a bebida com graduação alcoólica de trinta e oito a cinqüenta e quatro por cento em volume, a vinte graus Celsius, obtida de destilado alcoólico simples de cana-de-açúcar ou pela destilação do mosto fermentado de cana-de-açúcar, podendo ser adicionada de açúcares até seis gramas por litro.

A origem da cachaça brasileira


Caipirinha, tradicional drinque brasileiro produzido com cachaça, açúcar, gelo, limão e cachaça, aguardente de cana ou pinga é uma bebida alcoólica tipicamente brasileira. Seu nome pode ter sido originado da velha língua ibérica – cachaza – significando vinho de borra, um vinho inferior bebido em Portugal e Espanha, ou ainda, de "cachaço", o porco, e seu feminino "cachaça", a porca. Isso porque a carne dos porcos selvagens, encontrados nas matas do Nordeste – os chamados catitus – era muito dura e a cachaça usada para amolecê-la. Carvalho (1988).Obtida da fermentação da cana-de-açúcar e sua posterior destilação, usada como coquetel da mundialmente conhecida Caipirinha.A diferença básica entre a aguardente de cana e a cachaça está na origem da matéria-prima. Enquanto a aguardente de cana é feita diretamente a partir do destilado da cana, a cachaça é feita a partir do melaço resultante da produção do açúcar de cana.A cana-de-açúcar, elemento básico para a obtenção, através da fermentação, de vários tipos de álcool, entre eles o etílico. É uma planta pertencente à família das gramíneas (Saccharum officinarum) originária da Ásia, onde teve registrado seu cultivo desde os tempos mais remotos da história.A HistóriaOs primeiros relatos sobre a fermentação vem dos egípcios antigos. Curam várias moléstias, inalando vapor de líquidos aromatizados e fermentados, absorvido diretamente do bico de uma chaleira, num ambiente fechado. Os gregos registram o processo de obtenção da acqua ardens. A água que pega fogo - água ardente (al kuhu). Alquimistas tomam conhecimento da água ardente, atribuindo-lhe propriedades místico-medicinais. Transforma-se em água da vida, e a eau de vie é receitada como elixir da longevidade.A aguardente então vai da Europa para o Oriente Médio, pela força da expansão do Império Romano. São os árabes que descobrem os equipamentos para a destilação, semelhantes aos que conhecemos hoje. Eles não usam a palavra al kuhu e sim al raga, originando o nome da mais popular aguardente da península arábica: arak. Uma aguardente misturada com licores de anis e degustada com água. A tecnologia de produção espalha-se pelo velho e novo mundo. Na Itália, o destilado de uva fica conhecido como grappa. Em terras Germânicas, se destila a partir da cereja, o Kirsch; na antiga tchecoslováquia, atualmente dividida em República Tcheca e República Eslovaca, a destilação da Sleva (espécie de ameixa) gera a slevovice (lê-se eslevovitse). Na Escócia fica popular o whisky, destilado da cevada sacarificada. No Extremo Oriente, a aguardente serve para esquentar o frio das populações que não fabricam vinho. Na Rússia a vodka, de centeio. Na China e Japão, o sake, produzido a partir da fermentação do arroz é frequentemente confundido com uma aguardente devido ao seu elevado teor alcoólico, mas é na verdade um vinho. Portugal também absorve a tecnologia dos árabes e destila a partir do bagaço de uva, a bagaceira.Já em 1530 os primeiros donatários portugueses decidem começar empreendimentos nas terras orientais do Novo Mundo, implementando o engenho de açúcar com conhecimento e tecnologia adquiridos nas Índias Orientais, vindas do sul da Ásia. Assim surgem na nova colônia portuguesa os primeiros núcleos de povoamento e agricultura.A geração inicial de colonizadores apreciava a bagaceira portuguesa e o vinho do porto. Assim como a alimentação, toda bebida era importada da metrópole. Num engenho da capitania de São Vicente, entre 1532 e 1548, descobrem o vinho de cana-de-açúcar - garapa azeda, que fica ao relento em cochos de madeiras para os animais, vinda dos tachos de rapadura. É uma bebida limpa, em comparação com o cauim - vinho produzido pelos índios, no qual todos cospem num enorme caldeirão de barro para ajudar na fermentação do milho. Os senhores de engenho passam a servir o tal caldo, denominado cagaça, para os escravos. Daí é um pulo para destilar a cagaça, nascendo assim a cachaça. Antonil procura distinguir "aguardente" de "cachaça", mas se considera que essa diferença náo existe na prática. Em 1584 o Memorial de Gabriel Soares faz referências a "oito casas de cozer méis" na Bahia.Dos meados do século XVI até metade do século XVII as "casas de cozer méis" se multiplicam nos engenhos. A cachaça torna-se moeda corrente para compra de escravos na África. Alguns engenhos passam a dividir a atenção entre o açúcar e a cachaça. A descoberta de ouro nas Minas Gerais, traz uma grande população, vinda de todos os cantos do país, que constrói cidades sobre as montanhas frias da Serra do Espinhaço. A cachaça ameniza a temperatura.Incomodada com a queda do comércio da bagaceira e do vinho portugueses na colônia e alegando que a bebida brasileira prejudica a retirada do ouro das minas, a Corte proíbe a partir de 1635 várias vezes a produção, comercialização e até o consumo da cachaça. Sem resultados, a Metrópole portuguesa resolve taxar o destilado. Em 1756 a aguardente de cana-de-açúcar foi um dos gêneros que mais contribuíram com impostos voltados para a reconstrução de Lisboa, abatida por um grande terremoto em 1755. Para a cachaça são criados vários impostos conhecidos como subsídios, como o literário, para manter as faculdades da Corte.Como símbolo dos ideais de liberdade, a cachaça percorre as bocas dos Inconfidentes e da população que apoia a Conjuração Mineira (ou Inconfidência Mineira). A aguardente da terra se transforma no símbolo de resistência à dominação portuguesa. Com o passar dos tempos melhoram-se as técnicas de produção. A cachaça é apreciada por todos. É consumida em banquetes palacianos e misturada ao gengibre e outros ingredientes, nas festas religiosas portuguesas - o famoso quentão.Devido ao seu baixo valor e associação às classes mais baixas (primeiro os escravos e depois os pobres e miseráveis), a cachaça sempre deteve uma áurea marginal. Contudo, nas últimas décadas, seu reconhecimento internacional tem contribuído para diluir o índice de rejeição dos próprios brasileiros, alçando um status de bebida chique e requintada, merecedora dos mais exigentes paladares. Atualmente várias marcas de boa qualidade figuram no comércio nacional e internacional e estão presentes nos melhores restaurantes e adegas residenciais pelo Brasil e pelo mundo.

Modo de produção da cachaça com as equações químicas que representam o processo de fermentação


O etanol ou álcool etílico é o tipo de álcool mais comum. Está contido nas bebidas alcoólicas, é usado para limpeza doméstica e também é combustível para automóveis. A fórmula do etanol é CH3CH2OH. O metanol ou álcool metílico é um álcool que não deve ser ingerido, pois é extremamente tóxico para o fígado. A fórmula do metanol é CH3OH. Álcool anidro é um álcool com até 1% de água (já que é difícil a obtenção de álcool totalmente puro), e pode ser adicionado à gasolina para aumento da octanagem. No Brasil, também é adicionado a gasolina como forma de "antidetonante" para que a gasolina possa ser comprimida no pistão do motor carburante ao máximo e não entre em combustão antes de acionada a vela do motor. O álcool bornílico é obtido ligado com o hidroterpendio que corresponde a cânfora. O álcool desnaturado é uma composição com o metileno. O álcool natural é obtido pela fermentação e destilação de produtos agrícolas.



MODO DE PREPARAÇÃO/FABRICAÇÃO:




Colheita da cana-de-açúcarA cachaça pertence à nobre família das aguardentes, da eau-de-vie ou aquavit. Trata-se de um destilado feito à base de cana-de-açúcar, leveduras e água. Seu processo de fabricação inicia-se com a moagem ou prensagem da cana, que produz um caldo ao qual adiciona-se água, resultando no mosto. Sob o efeito das leveduras, o mosto entra em processo de fermentação. Depois da decantação, na qual separam-se as borras, processa-se a destilação num alambique tipo cebolão ou espiral.O primeiro corte, ou "cachaça de cabeça", contém muito álcool e, de todos, é o que apresenta o sabor mais forte. O corte do meio, ou "do coração", é que será industrializado. A porção final, ou "rabo", contém substâncias tóxicas. A cachaça de coração quase não apresenta gosto ou cheiro, que só irá adquirir com o envelhecimento em tonéis de carvalho, bálsamo ou vinhático.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Criação de um rótulo e de uma marca fictícios de cachaça


Perfil dos consumidores de cachaça;Entrevistados


ENQUETE:


- 10 entrevistas:
- Perfil dos consumidores de cachaça através da seguinte entrevista:


Você compra sempre a mesma marca de cachaça?

- 1° Sim.
- 2° Não.


Qual é a de sua preferência?

Gostos variados:

1°: 51

2°: 7 campos,

3°: caseira,

4°: Velho Barreiro, entre outros.


Como você escolhe a sua cachaça?

- 1° Apresentação do produto;
- 2° Preço;
- 3° Propaganda;
- 4° Indicação de amigos;
- 5° Opinião de especialistas.


Como você gosta mais da cachaça?

- 1°: Envelhecida;
- 2°: Em drinks;
- 3°: Em batidas;
- 4°: Com infusões;


Na rua você prefere beber:

- 1°: No bar;
- 2°: No restaurante.